quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O humilde será exaltado

 
Leia e tire suas próprias conclusões. A humildade é um caminho certo para o sucesso em todas as áreas da vida. 

O humilde será exaltado...

A confiança naquilo que fazemos e o senso de valor que temos a nosso respeito é uma coisa extraordinária. No entanto, quando este sentimento passa da conta, pode se tornar muito destrutivo. Segundo C.S. Lewis, para descobrir quão orgulhoso você é, a maneira mais fácil é perguntar-se:
Quanto me desagrada que os outros me tratem como inferior, ou não notem minha presença?
A questão é que o orgulho de cada um está em competição direta com o orgulho de todos os outros. Dizemos que uma pessoa é orgulhosa por ser rica, inteligente ou bonita, mais isso não é verdade. As pessoas são orgulhosas por serem mais ricas, mais inteligentes e mais bonitas que as outras. Se todos fossem igualmente ricos, inteligentes e bonitos, não haveria do que se orgulhar.
É a comparação que torna a pessoa orgulhosa: o prazer de estar acima do restante das outras pessoas.
Devemos aprender uma lição com um dos maiores presidentes da história dos Estados Unidos. Uma noite, Roosevelt e seu amigo Beebe estavam caminhando pelo quintal da casa de Roosevelt em Nova York. Ele olhou cuidadosamente o céu crivado de estrelas e, ao encontrar uma nuvem luminosa na curva da constelação do Pégaso, disse: "Aquela é a galáxia espiral de Andrômeda. É tão grande quanto a nossa Via Láctea e composta por cem bilhões de sóis. É uma entre mais de cem bilhões de galáxias".
Em seguida, o presidente olhou para Beebe e falou: 

"Agora já me sinto suficientemente pequeno! É hora de dormir".
 
Prof . Menegatti

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Em Defesa do Politicamente Incorreto

Eu realmente espero que este ano seja diferente dos anteriores. Sei que não será, mas esperança é uma coisa maldita. Mesmo que tudo aponte para a permanência de certas coisas desagradáveis, ainda somos seduzidos por aquela idéia deliciosa que tudo melhore com o tempo. Contudo sabemos que não é assim que funciona o mundo.
Uma dessas características chatas que provavelmente irá perdurar não só por muitos anos, mas que promete se aprofundar bastante é o viés politicamente correto que anda contaminando todo o setor de entretenimento, seja aqui no Brasil, nos EUA e no resto dos países. Afinal de contas, o que anda acontecendo com este mundo?
Ano passado, os atores Corey Monteith, Dianna Agron e Lea Michele, da série Glee, posaram para a revista GQ em fotos sensuais usando o aspecto de colegial dos seus personagens da famosa atração. O que não faltou foram pais criticando a revista e os próprios astros por causa da publicação dessas fotos. Em especial, as maiores críticas vieram do Conselho Televisivo de Pais, uma organização que fiscaliza e alerta sobre o conteúdo da televisão e co-relacionados nos EUA. A principal crítica feita é que se tratava de um absurdo fazer referências a uma série de caráter familiar com uma revista de conteúdo adulto. Infelizmente, esse não foi o único caso em que esse conselho rechaçou canais e programas por causa do seu conteúdo.
Outro caso: há pouco tempo, uma cena de um dos episódios de Two and a Half Men teve que ser modificado digitalmente para impedir que o símbolo do nazismo fosse exibido. No episódio, Alan se envolve com uma mulher que curte fazer sexo vestida como uma sadomasoquista nazista. Os diretores da CBS após assistirem o episódio, solicitaram que a faixa no braço da garota fosse alterada. Como o episódio já havia sido gravado, os produtores colocaram sobre a faixa uma imagem de um Smile com um bigode de Hitler.
Não sei vocês leitores, mas há tempos o conteúdo do nosso lazer diário anda sendo afetado em nome do “justo, do belo e da dignidade humana”. Eu odeio o politicamente correto. Odeio porque ele é burro. Por conseguinte, odeio gente burra. Vivemos em um mundo em que estamos sendo cada vez mais condicionados a pensar de uma maneira que é considerada como a correta. Nesse novo mundo, a crítica é visto como algo ruim; a oposição como uma abominação da natureza. Parece que ou você faz parte do consenso influente da vez ou você tem que por obrigação se impor um voto de silêncio.
Não é preciso nem ir tão longe assim para se notar esse costume perverso que tomou conta das pessoas. Nós, do Série Maníacos, somos, como qualquer outros, fãs de nossas adoradas séries. O blog surgiu justamente da idéia de compartilhar opiniões de fãs para fãs. Entretanto, umas das críticas que nós colaboradores mais sofremos aqui por parte de alguns leitores é que não respeitamos tal série como ela supostamente merece. Chega-se até ao ponto de nos indagarem quem seríamos nós para criticar tal série. Novamente, ou você concorda com eles ou você tem que se calar. Não há meio termo para essa gente.
Culpá-los seria demasiadamente fácil. Ignorá-los mais simples ainda. Contudo isso iria contra o próprio espírito deste blog, que consiste em acolher a crítica e a divergência. Convenhamos: se quiséssemos ler apenas aquilo com o que nós concordamos, nem haveria motivos para irmos em busca de opiniões de pessoas que nem conhecemos. No caso dos colaboradores deste blog, guardaríamos nossas opiniões para nós mesmos, ao invés de compartilhá-las diariamente com vocês. Não é fácil. É desafiador. E por isso mesmo, gratificante. Ao menos, é assim que vejo.
Falando sobre mim, a única pessoa de verdade a quem tenho autoridade de representar, admito que adoro fazer reviews e textos mordazes. Bastante ácidos, na maioria das vezes. Sou crítico sim. Não nego isso. Ironia e sarcasmo são ferramentas linguísticas que uso e abuso quando quero me comunicar. Alguns gostam, outros não. Faz parte do jogo. O que não é aceitável é a censura. É querer calar o outro seja por pressão de uma minoria barulhenta ou pela convicção silenciosa da maioria. O pensador Walter Block já dizia: “É fácil ser um defensor da liberdade de expressão quando isso se aplica aos direitos daqueles com quem estamos de acordo.” O que fazer quando o outro vai de encontro aos nossos gostos e princípios? Onde vai parar essa tal tolerância?
Voltando ao assunto do início desse texto, fico cada vez menos esperançoso sobre o futuro dos nossos amados shows. Em última escala, do futuro da nossa própria liberdade. Temo que a influência financeira dos pequenos e a pressão cega da maioria imponham, cada vez mais, seu particularíssimo ponto de vista como se fosse uma verdade universal, a qual todos nós somos obrigados a compartilhar. Um mundo onde o politicamente correto dita as ordens não é só um mundo estúpido, é um mundo sem liberdade. É, por fim, um mundo sem imaginação, essa poderosa arma que origina as mais fantásticas maravilhas já desenvolvidas pela humanidade (sim, estou falando das séries).
O mundo anda muito chato. Irritante mesmo. Parece que as pessoas não compreendem que ao admitirem, consciente ou inconscientemente, a possibilidade de censurar o outro por causa de sua opinião, elas estão dando carta branca para que este mesmo poder seja usado contra elas no futuro. Afinal, quem hoje é maioria, amanhã pode ser minoria. Quem hoje detém o poder, amanhã pode se torna o desprovido. Não aceitar a crítica, a divergência, é um caminho certo para a catástrofe. Foi assim no passado, é assim no presente, e continuará sendo assim no futuro.
Sou politicamente incorreto. Odeio consensos. Não tolero os intolerantes. Sou surdo para os barulhentos. Num mundo cada vez mais rendido as idéias corretas, me sinto às vezes como uma espécie em extinção. Sou um velhinho de 19 anos. Gostaria de poder ligar minha TV e assistir aqueles divertidíssimos filmes feitos para a juventude da década de 80 sem constrangimento. Não suporto mais ter minha televisão invadida por filmes de crianças. Elas não são as únicas que estão na frente da TV de dia. Gostaria que personagens de séries e filmes usassem suas drogas, fizesse seu sexo sem proteção, ou simplesmente xingem, sem que uma lição de moral ou discurso ético seja proferido em seguida. Quero que a liberdade de entretenimento retorne a nossa televisão. Quero que a tolerância seja cultivada pelos divergentes. Quero que o mundo volte a ser divertido.
As pessoas tem que lembrar que uma das maiores conquistas do mundo moderno foi o respeito a liberdade, seja ela de qual tipo for. Se esta passando um programa, filme ou série, que você não gosta, ou troque de canal ou desligue a TV ou o PC. Tentar silenciar ou calar o outro não é a solução.
Só me resta fazer um apelo a vocês. Da próxima vez em que ler algo que discorde, assistir algo que não tenha gostado, ou escutar uma opinião diferente da sua, respeite-a. Não haja como um animal. Argumente, não tente esmagar. Discuta, não tente se impor. Não desejo que o futuro que nos aguarda neste século, que ainda está em seu começo, seja tão destruidor quanto o que passou. Eu quero ser antes de tudo livre. E vocês?
P.S: Para não dizer que esqueci, as séries da CW são uma porcaria mesmo.

Adriel Santos Santana
 
Copiado e colado de : http://www.seriemaniacos.com.br/blog/em-defesa-do-politicamente-incorreto/
Texto tal e qual se encontra no blog, sem revisão